terça-feira, 9 de junho de 2009

VIDA DE COMUNIDADE

Deus abençoe a todos!
Quero hoje conversar com você sobre uma graça sobrenatural e que é difícil de ser percebida ou entendida desta forma: a Comunidade.
A vida comunitária é uma brilhante idéia de Deus para ajudar o homem no seu caminho de felicidade. "Não é bom que homem esteja só" Gn 2,18 - esta constatação de Deus narrada pela tradição Eloísta no livro do Gênesis, diz que: O Deus a quem nós adoramos e servimos tem um vinculo tão pessoal conosco que é capaz de compreender a nossa necessidade de termos semelhantes a nós, com os quais sejamos capazes de conviver e a partir dos nossos relacionamentos, fazermos um caminho de amadurecimento que aos poucos vai nos tornando capazes de nos parecermos mais com Ele.
Esta é a finalidade de nossa vida: Conseguirmos nos depurar de tal forma, que venhamos a parecer com Deus, ou seja, conosco mesmos, porque é essa nossa identidade primeira, fomos criados à sua imagem e à sua semelhança.
O relacionamento com outras pessoas é o único e o principal caminho para isso, há quem pense o contrário, mas a própria vida prova que pensar o contrário disso é cavar a sua própria infelicidade.
O Ser humano nasce para se relacionar com outros seres humanos, ou seja, com semelhantes, e se não o faz não consegue amadurecer como pessoa, é simplesmente alguém tentando ser feliz sozinho, sobre a garantia daquilo que considera que são suas capacidades pessoais.
Para o "homem" amadurecer ele precisa conhecer a realidade interior e se relacionar com ela em outros "semelhantes" a ele. Porque, quando nos relacionamos com semelhantes é que descobrimos que mesmo tendo a mesma essência nós somos capazes de pensar diferente e começamos a compreender a beleza de ser diferente. Aliás, isso é muito bonito de se falar, porém, é muito exigente de se viver, e só pode ser assim mesmo, afinal de contas, acolher o que o outro tem de diferente exige uma ginástica interior, que nem sempre estamos dispostos a fazer, quase sempre porque estamos interiormente tão acostumados a ser do nosso "jeitinho" que acabamos nos atrofiando e sendo incapazes de conviver com pessoas que sejam muito diferentes de nós e nos exijam um pouquinho mais de esforço.
Viver em comunidade é, permanentemente fazer essa ginástica interior que nos faz sair dos nossos lugares seguros, das nossas convicções, para ao menos considerar o que o outro nos tem a oferecer, sem julgá-lo, mas apenas acolhendo, inclusive, em princípio pensando que pode ser algo que de fato eu preciso.
É interessante pensar isso, aquilo que me causa repulsa no outro pode estar me revelando algo de que eu preciso e não consigo perceber.
A comunidade nos faz aos poucos mais parecidos com Deus, para chegarmos a ser depurados de nossos vícios, de nossas manias, idolatrias e acomodações, precisamos conviver com pessoas semelhantes a nós.
Agora tenho que sair para a faculdade, mas quero tratar desse assunto com maiores detalhes nas próximas oportunidades. Continuarei falando sobre isso assim que tiver tempo de voltar ao computador. Enquanto isso vai pensando aí se não te faz falta uma vida comunitária de verdade....Estar na comunidade não significa ser comunidade.

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